História, detalhes, como se classificou... Tudo que você precisa saber sobre o clube brasileiro Palmeiras, que disputará o novo torneio global da FIFA em 2025.
O Palmeiras será um dos representantes da CONMEBOL – e, claro, do Brasil – na primeiríssima edição do Mundial de Clubes da FIFA 25™. Vencedor da Copa Libertadores da América em 2021 e atual campeão brasileiro, o Verdão treinado por Abel Ferreira quer mais e terá a chance de mostrar sua grandeza no torneio global.
Aqui, a FIFA descreve o perfil de um dos clubes mais tradicionais do Brasil, explica como foi sua trajetória para se classificar para essa competição e quais são as figuras mais lendárias que já vestiram sua camisa em diferentes décadas.
Vivendo grande fase no futebol sul-americano sob o comando do português Abel Ferreira, o Palmeiras conseguiu dois títulos seguidos da Copa Libertadores em 2020 e 2021, tendo garantido sua vaga na competição graças ao segundo, após um eletrizante confronto em jogo único com o Flamengo.
Raphael Veiga abriu o placar para o Palmeiras no comecinho do jogo em Montevidéu, no Uruguai, mas Gabriel Barbosa (o famoso Gabigol) empatou no segundo tempo e levou a partida para a prorrogação.
O centroavante Deyverson se tornou herói aos 5 minutos do primeiro tempo extra e ajudou o clube a conquistar o título continental pela terceira vez – o primeiro foi em 1999, com Luiz Felipe Scolari (o Felipão) como técnico na época.
Curiosamente, por causa da pandemia de covid-19, os títulos da Libertadores de 2020 e 2021 foram conquistados no mesmo ano: a final de 2020 ocorreu em janeiro de 2021.
Fundação: 1914 (originalmente como Palestra Italia, nome com grafia italiana)
Estádio: Allianz Parque
Apelidos: Verdão, Porco
Em 1914, o Palestra Italia foi fundado em São Paulo por imigrantes italianos e já acumulou títulos estaduais nas décadas seguintes. No entanto, em 1942, o clube foi obrigado a mudar seu nome para Sociedade Esportiva Palmeiras por causa da Segunda Guerra Mundial, na qual o Brasil ficou do lado dos Aliados e se opôs aos países do Eixo.
As raízes italianas são tão fortes que até hoje a torcida apoia o time com a frase "Avanti, Palestra" (algo como "Em frente, Palestra").
A mudança de nome não tirou a identidade vencedora do Palmeiras, que foi campeão na chamada “arrancada heroica” no mesmo ano e, nas décadas seguintes, foi um dos poucos clubes capazes de fazer frente ao Santos de Pelé. O lendário Ademir da Guia foi um símbolo da “Academia de Futebol” que fez história nos gramados.
Quando Ademir se aposentou, de todo modo, o Verdão demorou um tempo para erguer um troféu de novo: houve um amargo jejum de títulos que durou de 1976 a 1993. Mas o reencontro com as glórias nos anos 1990 incluiu a primeira conquista da Copa Libertadores em 1999. Um desempenho que alçou o goleiro Marcos a titular da Seleção Brasileira pentacampeã da Copa do Mundo da FIFA™ em 2002.
Reconhecido pela CBF como maior campeão brasileiro com 12 títulos, o Palmeiras é um clube acostumado a se reerguer. Depois das conquistas nos anos 1990, o Verdão chegou a disputar a Segunda Divisão em 2003 e 2013, mas voltou ao topo e iniciou mais uma “arrancada heroica” em 2015, como campeão da Copa do Brasil sob a liderança do meia-atacante Dudu.
De lá para cá, o que se viu foram vitórias e vitórias na era Abel Ferreira. Fã de Felipão, o português virou um ídolo à sua maneira após a conquista de dois títulos da Libertadores (2020 e 2021), dois do Brasileirão (2022 e 2023), um da Copa do Brasil (2020), um da Recopa Sul-Americana (2022), dois do Campeonato Paulista (2022 e 2023) e um da Supercopa do Brasil (2023).
O apelido “Divino” resume um pouco o genial meio-campista. Graças a ele e outros craques da época – como o volante Dudu, o lateral Djalma Santos e o goleiro Emerson Leão –, o Palmeiras encantou esse esporte com sua “Academia de Futebol” e foi um grande desafiante para o Santos de Pelé.
Com Ademir, o Verdão foi pentacampeão brasileiro e pentacampeão paulista. Ele é até hoje o recordista de jogos do clube com 902 partidas (512 vitórias, 233 empates e 157 derrotas, um aproveitamento de 65% dos pontos disputados) e o terceiro maior artilheiro da história com 155 gols, atrás somente de Heitor (317) e César Maluco (182).
Infelizmente, a Copa do Mundo da FIFA só viu o brilho de Ademir da Guia em campo uma única vez. Em 1974, ele atuou no jogo contra a Polônia, mas na disputa pelo terceiro lugar.
Se Ademir da Guia merecia mais chances na Seleção, pelo menos o Palmeiras teve um grande representante em uma equipe campeã mundial: Marcos. O goleiro palmeirense fechou o gol na Copa do Mundo da FIFA 2002™, sendo um pilar na conquista do penta.
Atuações inesquecíveis e defesas milagrosas pelo Palmeiras o fizeram ser conhecido como “São Marcos”, ainda que sua “santidade” também se deva à identificação com a torcida: ele é dos raros jogadores que atuaram por um único clube em toda a carreira.
A medalha de ouro da Copa do Mundo da FIFA tem companhia de muitas outras no acervo pessoal de Marcos. Pelo Palmeiras, só para citar alguns títulos, ele foi campeão da Libertadores (1999, eleito melhor jogador do torneio), da Copa do Brasil (1998) e bi do Brasileirão (1993 e 1994).
Este Dudu não deve ser confundido com o xará volante que brilhou ao lado de Ademir da Guia na primeira versão da “Academia”. Mas ele foi essencial na terceira.
Sim, isso mesmo: em 2015, com o meia-atacante exibindo muita habilidade e versatilidade, o Palmeiras deu início a uma terceira época lendária em sua rica história. Para contratá-lo naquele ano, o clube venceu uma disputa com os grandes rivais Corinthians e São Paulo e devolveu ao torcedor a autoestima que havia sido perdida nos difíceis anos interiores.
Nada disso teria adiantado, é claro, se Dudu também não tivesse sido um gigante nos gramados. Entre muitos títulos, ele brilhou na conquista da Copa do Brasil (2015), a da Libertadores (2020 e 2021), e do Brasileirão (2016, 2018, 2022 e 2023. Ah, aos 32 anos, tudo indica que ele ainda possa levantar mais taças, aumentando seus recordes com o atual elenco.
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