
O Fluminense será um dos representantes da CONMEBOL (e, é claro, do Brasil) na primeiríssima edição do novo formato do Mundial de Clubes FIFA 25™. Depois de se tornar campeão continental pela primeira vez em sua história – ao vencer a Copa Libertadores da América em 2023 –, o Tricolor quer brilhar no torneio global.
Aqui, a FIFA descreve o perfil de um dos clubes mais tradicionais do Brasil, explica como foi sua trajetória para se classificar para o Mundial de Clubes FIFA 25 e quais são as figuras mais lendárias que já vestiram sua camisa em diferentes décadas.
Os campeões da Copa Libertadores entre 2021 e 2024 se classificam automaticamente para o novo Mundial de Clubes FIFA 25™. Portanto, o Fluminense garantiu vaga quando ergueu o troféu em 2023, após vitória por 2 a 1 na final contra o argentino Boca Juniors.
No primeiro tempo, Keno tabelou com Arias, avançou pela direita e cruzou rasteiro (e para trás) para Germán Cano, que, na marca do pênalti, chutou de primeira e balançou a rede. O goleiro Romero não alcançou o cantinho e não conseguiu impedir o gol.
Luis Advíncula empatou na metade do segundo tempo, e o placar por 1 a 1 se manteve até a prorrogação. Aí, entrou em cena o predestinado John Kennedy, que havia sido colocado em campo pelo técnico Fernando Diniz sob as seguintes palavras: “Você vai fazer o gol do título". Dito e feito.
Diogo Barbosa lançou a bola para Keno, que ajeitou de cabeça para Kennedy completar com um dos mais bonitos chutes da Libertadores 2023. Golaço de placa e de título.
Fundação: 1902
Estádio: Maracanã
Apelidos: Tricolor, Nense, Fluzão
No latim, flumen significa "rio" – é por isso que pessoas nascidas no estado do Rio de Janeiro são chamadas de “fluminenses”, mas a verdade é que a palavra já transcendeu o significado geográfico há muito tempo. É impossível ouvir “Fluminense” sem pensar no Fluminense Football Club, fundado em 21 de julho de 1902 por Oscar Cox.
Com pioneirismo em seu DNA, o clube foi um dos primeiros do Brasil a nascerem com a palavra “futebol” no nome, tratando este esporte como prioridade, e finalizou em 1919 a construção do primeiro estádio baseado em cimento na América Latina: o Estádio das Laranjeiras. Curiosamente, cinco anos antes, a versão antiga daquele mesmo campo do Fluminense já havia sido palco do primeiro jogo da história da Seleção Brasileira.
O Fluminense também foi a casa de Marcos Carneiro de Mendonça, primeiro goleiro da equipe nacional do Brasil, e viveu uma era de ouro em suas duas primeiras décadas de existência. Depois, nos anos 1950 e 60, o Tricolor conquistou o Torneio Rio-São Paulo e revelou talentos como Telê Santana – na época, ninguém imaginava que aquele jogador importante se tornaria um dos mais grandiosos treinadores do futebol brasileiro.
O país se rendeu ao Tricolor das Laranjeiras algumas décadas depois, especialmente com a presença de ídolos como Rivellino, nos anos 1970, e em seguida a série de títulos do Campeonato Carioca (1983, 1984 e 1985) e do Campeonato Brasileiro (1984). É verdade que a década de 1990 foi dolorosa, incluindo a disputa da terceira divisão nacional, mas o Fluminense reencontrou o caminho de volta ao topo do país.
Em 2007, com novos ídolos como Thiago Silva, o clube conquistou a Copa do Brasil e se classificou para a Copa Libertadores do ano seguinte, da qual quase saiu com o título: o Fluminense foi vice-campeão continental em 2008 contra a LDU (Equador). Os anos seguintes trouxeram ainda dois títulos do Brasileirão em 2010 e 2012.
Para um clube que nasceu pioneiro, faltava um título essencial: a Copa Libertadores da CONMEBOL. Bem, não falta mais! Sob o comando de Fernando Diniz e a artilharia de Germán Cano, o Fluminense foi campeão continental em 2023 e, agora se prepara para o Mundial de Clubes FIFA 25. Para isso, concretizou o sonhado retorno de um craque que surgiu no clube como Thiago Silva.
Preguinho tem o DNA pioneiro do Fluminense e, por isso, é um símbolo eterno do futebol brasileiro: foi dele o primeiro gol do Brasil na história da Copa do Mundo da FIFA™, em 1930. Ele e o Tricolor foram destinados um para o outro, pois o rapaz já estava associado ao clube antes mesmo de nascer por ser filho do fanático escritor Coelho Neto.
“Eu nem sabia falar direito, e o Fluminense já estava em minha alma, em meu coração e em meu corpo”, disse Preguinho. Além de grande futebolista, Preguinho destacou-se também como atleta de natação, remo, basquete, vôlei, polo aquático, saltos ornamentais, atletismo, hóquei sobre patins e tênis de mesa.
Ao se aposentar, Preguinho recusou propostas para se tornar comentarista de futebol porque não seria capaz de criticar o Fluminense.
Você amputaria um dedo por amor ao seu clube? Foi o que Castilho fez. O goleiro ficou no Fluminense de 1946 a 1964 e é um dos maiores ídolos da torcida tricolor. A história emblemática ocorreu em 1957: ele decidiu amputar um dedo para acelerar a recuperação de uma lesão e voltar logo ao gol. E foi lá que “São” Castilho – como era chamado em função de suas defesas milagrosas – teve uma carreira vencedora.
Pela Seleção Brasileira, foi bicampeão da Copa do Mundo da FIFA (1958 e 1962, como reserva do goleiro Gilmar); pelo Fluminense, atuou ao lado do mestre Telê Santana e conquistou quatro títulos do Campeonato Carioca (1951, 1959, 1960 e 1964) e dois do Torneio Rio-São Paulo (1957 e 1960). Até hoje, ninguém vestiu a camisa tricolor mais vezes do que Castilho: foram 698 partidas pelo clube das Laranjeiras.
Embora sejam dois jogadores, vale a pena citá-los como um só pelo que representavam. Assis e Washington, juntos, foram apelidados de “Casal 20” (em homenagem à série de TV que fazia sucesso nos anos 1980) porque formaram a dupla de ataque perfeita do Fluminense. Eles mostraram em campo uma sinergia rara, com gols e jogadas marcantes nas campanhas dos títulos Carioca (1983, 1984 e 1985) e do Brasileirão (1984).
Enquanto Washington era conhecido pelo poder de finalização e impulsão, Assis ficou eternizado na memória dos tricolores como “carrasco” do rival Flamengo.
O maior artilheiro da história do Brasileirão de pontos corridos com 158 gols (ou seja, desde que este formato passou a ser usado, em 2003, até hoje) e da Copa do Brasil com 37; o segundo maior goleador do Fluminense com 199 gols (atrás apenas de Waldo, imbatível com 319). Não era à toa que a torcida tricolor cantava “o Fred vai te pegar”.
Tê-lo em campo era algo realmente ameaçador. O atacante Fred – que foi campeão da Copa América e da antiga Copa das Confederações da FIFA pela Seleção Brasileira – cravou seu nome na história do Fluminense e foi bicampeão brasileiro pelo clube em 2010 e 2012 (este último como artilheiro com 20 gols).
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