Fábrica histórica de craques da Seleção, o clube da Estrela Solitária conquistou a Copa Libertadores pela primeira vez e assegurou presença no torneio que será jogado nos EUA em 2025.
O Botafogo será um dos seis representantes da CONMEBOL no Mundial de Clubes da FIFA 2025™, chegando ao torneio num momento de retomada de seu protagonismo no futebol brasileiro. Nada mais apropriado para um time que abasteceu a Seleção Brasileira com alguns de seus maiores craques.
A FIFA conta aqui um pouco sobre a trajetória de uma instituição do Rio de Janeiro.
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O Botafogo enfrentará adversários da França, Espanha e EUA, tendo sido sorteado no Grupo B, junto com Paris Saint-Germain e Atlético de Madrid, que se classificaram via ranking, e o Seattle Sounders, vencedor da Copa dos Campeões da Concacaf de 2022.
Paris Saint-Germain (FRA)
Atlético de Madrid (ESP)
Seattle Sounders FC (EUA)
Botafogo x Seattle Sounders FC - Lumen Field, Seattle, 19h no horário local, 23h de Brasília
Paris Saint-Germain x Botafogo - Estádio Rose Bowl, Los Angeles, 18h no horário local, 22h de Brasília
Atlético de Madrid x Botafogo - Rose Bowl Stadium, Los Angeles, 12:00
O Bota foi o último time a se garantir no Mundial de Clubes ao conquistar a Copa Libertadores de 2024. O histórico título veio numa final emocionante contra o Atlético-MG. A equipe viu o volante Gregore ser expulso no primeiro minuto da partida, mas teve forças para vencer o duelo brasileiro por 3 a 1 para levar ao delírio seus milhares de torcedores que ajudaram a lotar o Monumental de Núñez, em Buenos Aires.
Fundação: 1894 / Fusão: 1942
Estádio: Nilton Santos (Rio de Janeiro)
Apelidos: Glorioso, Estrela Solitária, Fogão
O Botafogo de Futebol e Regatas é o produto de dois clubes fundados no tradicional bairro carioca que leva seu nome e está situado entre dois dos cartões postais mundiais mais famosos: o Cristo Redentor a Oeste e a Baía de Guanabara ao Leste, com o Morro do Pão de Açúcar à vista.
Primeiro veio o Club de Regatas Botafogo, dedicado à prática do remo, no final do século 19. Depois surgiu o Botafogo Football Club em 1904, inicialmente chamado de Electro Club. As duas agremiações se enfrentariam em diversas modalidades por mais 38 anos até se fundirem em 1942.
O futebol botafoguense, àquela altura, já havia desfrutado de expressivas conquistas, como tetracampeonato carioca de 1932 a 1935. Mas foi nos anos 50 e, principalmente, nos anos 60 em que o clube viveu seu apogeu, numa era dourada do futebol brasileiro. Foram tantos os craques que desfilaram com a camisa alvinegra nesta época que torna nosso exercício abaixo de selecionar alguns ídolos uma tarefa bastante complicada.
Já com o mítico Maracanã erguido, o Glorioso formou, junto com o Santos, a base da Seleção bicampeã mundial em 1958 e 1962 – com Garrincha de um lado e Pelé do outro, esses clubes também produziram clássicos inesquecíveis. O gigante carioca também teve boa representação no esquadrão brasileiro que demoliu a concorrência no México, sob o comando de um de seus grandes ídolos, Zagallo – o detalhe é que, nas eliminatórias, a equipe canarinho havia sido dirigida por outro lendário botafoguense, o jornalista João Saldanha.
O ápice, porém, foi seguido por um período de penúria: passaram-se 20 anos sem títulos até que o jejum fosse encerrado em 1989 com a conquista do Carioca. Depois, em 1995, com o artilheiro Túlio em plena forma, a equipe conquistou seu segundo título nacional. Nas décadas seguintes, o clube voltou a entrar em crise e chegou a ser rebaixado à Série B em duas ocasiões. Agora, sob o modelo de uma SAF (Sociedade Anônima do Futebol), o Botafogo se reergueu e voltou à disputa dos grandes títulos, ganhando a Libertadores e voltando a conquistar o Campeonato Brasileiro quase 30 anos depois.
Garrincha
O “Anjo das Pernas Tortas” deu à camisa 7 do Botafogo um peso que talvez só a 10 do Santos de Pelé possa equiparar. Para além dos mais de 245 gols em 612 partidas pelo clube de 1953 a 1965, o ponta direita encantou multidões no Maracanã com um jogo imprevisível e vencedor, temperado por irreverência e genialidade, liderando um histórico ataque que também contava com os campeões mundiais Amarildo e Zagallo, além do grande artilheiro Quarentinha. Todos eles servidos pelos passes de outra lenda da Seleção, o meio-campista Didi.
Nilton Santos
Conhecido como a Enciclopédia do Futebol, por conta de sua formidável leitura tática e pelo completo domínio dos fundamentos de sua posição, o lateral esquerdo dá nome ao estádio botafoguense. Não por menos: foram 16 anos com a Estrela Solitária estampada no peito, conquistando títulos na primeira (1948) e na última temporada (1964) como profissional. Foram 723 partidas pelo time.
Jairzinho
Ter a honra e a difícil missão de substituir Garrincha no ataque botafoguense? Só mesmo um jogador com o talento do Furacão para dar conta do recado, com suas arrancadas e excepcional poder de finalização, tendo anotado 189 gols em 412 partidas pelo alvinegro, sendo o principal expoente de uma segunda geração excepcionalmente vitoriosa do Bota nos anos 60, em geral com Gerson no meio-campo e Paulo Cezar Caju lhe fazendo companhia à frente.
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